quarta-feira, 31 de julho de 2013

Revolução Industrial - Ford



1. INFLUÊNCIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA TEORIA DA ADMNISTRAÇÃO

A partir de 1776, com a invenção da máquina a vapor e sua posterior aplicação á produção, uma nova concepção de trabalho veio modificar a estrutura social e comercial da época, provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, política e social.
Trata-se da Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra e rapidamente se  alastrou por todo o mundo civilizado.
A Revolução Industrial pode ser dividida em dois períodos distintos:
 1780 a 1860: 1° Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro.
 1860 a 1914: 2° Revolução Industrial ou revolução do aço e da eletricidade.
A 1° Revolução Industrial pode ser dividida em quatro fases:
1° fase: a mecanização da industria e agricultura, no final do século XVIII, com o aparecimento da máquina de fiar (1767), o descaroçador de algodão (1792), tear mecânico (1785).

2° fase: a aplicação da força motriz a industria, com a invenção da máquina a vapor, iniciam-se as grandes transformações nas oficinas, que se convertem em fábricas, nos transportes, nas comunicações e na agricultura.

3° fase: o desenvolvimento do sistema fabril. O artesão e sua pequena oficina desapareceram para dar lugar ao operário e as fábricas, surgem novas industriais em detrimento da atividade rural.4° fase: um espetacular aceleramento dos transportes e das comunicações. Surge nos Estados Unidos em 1807, a navegação a vapor; a locomotiva a vapor foi aperfeiçoada, surgindo na Inglaterra (1825), a primeira estrada de ferro. Outros meios 

de comunicação foram surgindo, Morse inventa o telegrafo elétrico, Graham Bellinventa o telefone.Com todos esses aspectos, define-se cada vez mais um considerável controle capitalista sobre quase todos os ramos da atividade econômica. A partir de 1860, a revolução industrial entrou em uma nova fase profundamente diferente da 1° revolução industrial. É a chamada 2° revolução industrial, provocada por três acontecimentos importantes.
Crianças manuseando máquinas nas primeiras fábricas, observemos o descaso com a segurança e a exploração da mão de obra infantil.Da calma produção do artesanato, em que os operários eram organizados em pequenos grupos, onde todos se conheciam, passou o homem para o regime da produção feita por meio da máquina dentro de grandes fábricas. Não houve uma gradativa adaptação entre as duas situações sociais, mas uma súbita modificação da 
situação, provocada por dois aspectos:A transferência da habilidade do artesão para a máquina;  A substituição da força do animal ou dos músculos do homem pela maior  potência das máquinas. Assim surgia o processo de maquinação das oficinas, que, aos poucos, foram crescendo e se transformaram em fábricas. A mecanização do trabalho levou a divisão do trabalho e a simplificação das operações, fazendo com que os ofícios tradicionais fossem substituídos por tarefas semi-automatizadas e repetitivas. Os proprietários passaram a enfrentar os novos problemas de gerência, improvisando suas decisões e sofrendo os erros de administração, porém esses erros, em muitos casos, eram cobertos pela mínima paga aos trabalhadores, cujos salários eram baixíssimos. Ao invés de pequenos grupos de aprendizes e artesãos dirigidos por mestres habilitados, o problema agora era o de dirigir batalhões de 
operários da nova classe proletária que se criou. Para a Teoria Geral da Administração, a principal característica de tudo isso é que a organização e as empresas modernas nasceram com a revolução industrial, graças a uma multidão de fatores, onde podemos destacar principalmente:
 O avanço tecnológico e a possibilidade de ampliação de mercados;
 A substituição do tipo de produção artesanal por um tipo industrial.
No inicio do século XX, dois engenheiros iniciaram os primeiros trabalhos a respeito da administração! Um era americano, Frederick Winslow Taylor, e 
desenvolveu a chamada escola cientifica da administração, buscando aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do trabalho do operário. O outro era Europeu, Henry Fayol, que veio a desenvolver a teoria clássica, preocupado em aumentar a eficiência da empresa por meio da organização e da aplicação de princípios gerais da administração. Assim, as idéias desses dois engenheiros serviram de ponto de partida para o modelo de gestão das organizações que conhecemos hoje. Origens da Organização Científica
 Conseqüência gerada pela revolução industrial
 Crescimento acelerado e desorganizado das empresas
 Surgimento da produção em massa
2.2 Taylor e o Movimento da Administração Científica
Frederick Taylor foi o criador e participante mais destacado do movimento da Administração Científica. Nasceu em 1856, na Pensilvânia. Tornou-se trabalhador manual, apesar de ter sido aprovado para a Escola de Direito de Harvard. Trabalhou para uma empresa fabricante de bombas hidráulicas onde começou a observar o que achava má administração. Em 1878, retomou os estudos, desta vez em engenharia; obteve o título de mestre em 1883. Começou a desenvolver, também, os primeiros de uma série de muitos aprimoramentos técnicos.
Desenvolvendo através de suas observações e experiências, seu sistema de administração de tarefas ou também como sistema de Taylor, taylorismo e, 
finalmente, administração científica. A administração científica é um sistema que economiza trabalho produzindo 
mais em menos tempo.Taylor sugere a ORT, Organização Racional do Trabalho, onde seus principais pontos teóricos são:
1. Princípios científicos em substituição ao empirismo: Objetivar uma pratica administrativa cientifica, baseada em princípios técnicos, substituindo a rotina experimental;
2. Divisão do Trabalho: Determinar através de regras básicas as diferentes etapas das diversas atividades, na execução das tarefas;
3. Divisão de autoridade e responsabilidade: Distingue-se as tarefas de planejamento e direção, daquelas da execução do trabalho: Administradores, 
Supervisores e Operários;
4. Treinamento e seleção do operário: Qualificar o trabalhador, mediante treinamento e aperfeiçoamento técnico especializado, aumentando assim a sua 
capacidade de produção;5. Estudo de tempos e movimentos: Avaliação do desempenho da produção, através do método de decomposição e analise de tempos globais, utilizando instrumentos (cronômetros) para determinar a duração do tempo na produção.
6. Supervisão Funcional
Nota-se também, críticas sobre a administração científica:
 Com o mecanismo, não houve preocupação com o elemento humano.
 Com a superespecialização do operário, e o fracionamento das tarefas, a execução tornou-se totalmente padronizada.
 Visão microscópica do homem. Considerava-se o empregado 
individualmente, esquecendo que ele é um ser social.Estamos em 1898. A Bethlehem Steel vendeu 80 mil toneladas de ferro em lingotes. Agora é preciso carregar vagões com os lingotes, que estão amontoados em pequenas pilhas ao ar livre. Essa operação deve ser executada manualmente. Os 
operários contratados para essa gigantesca tarefa começaram movimentando 12,5 toneladas por homem por dia, o melhor que se pode conseguir.
Chamado para estudar a eficiência do processo, Frederick Taylor chegou decidido a aplicar a administração científica. O Sr. Taylor adotou uma combinação de pagamento elevado, proporcional à quantidade movimentada, seleção dos melhores trabalhadores e orientação para realizar a tarefa. Porém, o Sr. Taylor percebeu que os trabalhadores iriam começar correndo, para ganhar bastante, e rapidamente ficariam exaustos, sendo obrigados a interromper o trabalho muito antes de terminá-lo.O Sr. Taylor, então, descobriu que homens de físico adequado conseguiriam aumentar a quantidade de toneladas movimentadas, com total segurança, desde que os 1 Estudo de caso elaborado por Antonio César Amaru Maximiano, da FEA-USP, com base em DRURY, H.B., Scientific Management. New York: Columbia University, 1922, pp. 99-101.14 EEEMBAsupervisores os obrigassem a descansar a intervalos freqüentes. Em resumo, ele descobriu que, para produzir o melhor resultado possível, um trabalhador que ele considerava de primeira classe, carregando lingotes que pesavam cerca de 45 quilos, deveria trabalhar apenas 43% do tempo. A "ciência" de carregar lingotes de ferro, desse modo, consistia primeiro em escolher o homem apropriado, e segundo, em obrigá-lo a descansar a intervalos que se havia descoberto serem os mais eficientes, após cuidadosa investigação.Henri Fayol, o fundador da Teoria Clássica da Administração, formou-se engenheiro de minas aos 19 anos e entrou para uma companhia metalúrgica e 
carbonífera, onde desenvolveu toda a sua carreira. Aos 25 anos foi nomeado gerente das minas e aos 47 assumia a gerência geral da Aciarias de Commentry, 
que no momento se encontrava em situação difícil. Em 1918 transmitiu a empresa ao seu sucessor, dentro de notável estabilidade. Fayol expôs sua Teoria de Administração em seu famoso livro ―Administration Industrielle et Générale‖, publicado em Paris em 1916. Exatamente como Taylor, Fayol empregou seus últimos anos de vida à tarefa de demonstrar que, com previsão científica e métodos adequados de gerência, resultados satisfatórios eram inevitáveis. Assim como nos Estados Unidos a Taylor Society foi fundada para divulgação e desenvolvimento de sua obra, na França o ensino e o desenvolvimento da obra de Fayol deram motivo à fundação do Centro de Estudos Administrativos.
2.3.1 Teoria Clássica da Administração (França – 1916)
Surgiu na França, baseada no sucesso administrativo empírico do também engenheiro Henry Fayol, que enfatizava a estrutura que a organização deveria 
possuir para ser eficiente.tinha uma visão global da empresa, uma abordagem anatômica e estrutural.
Fayol afirmava que seu êxito se devia não só às sua qualidades pessoais, mais aos métodos que empregava. 
Tanto a administração Cientifica quanto a Clássica buscavam alcançar a eficiência organizacional. Segundo a administração cientifica, esta era alcançada
através da racionalidade do trabalho operário e no somatório da eficiência individual. A teoria clássica, ao contrario partia do todo organizacional e da sua estrutura para garantir eficiência as partes envolvidas.17 EEEMBA
Funções essenciais da empresa
 Funções Técnicas: relacionada a produção de bens ou serviços.
 Funções Comerciais: relacionadas com a compra, venda e troca.
 Funções Financeiras: relacionadas com a obtenção e gerencia de capitais.
 Funções de segurança: relacionadas com a proteção dos bens e pessoas.
 Funções Contábeis: relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
 Funções Administrativa: coordenam e sincronizam as demais funções.
2.3.2 Conceitos de Administração
Para Fayol, a função administrativa não se concentra exclusivamente no topo da empresa, nem é privilégio dos diretores, mas é distribuídas proporcionalmente entre todos os níveis hierárquicos. A medida que se desce na escala hierárquica, mais aumenta a proporção das outras funções da empresa e, a medida que se sobe na escala hierárquica mais aumenta a extensão e o volume das funções administrativa. Isto é a capacidade principal de um operário é a capacidade técnica. A medida que se eleva na escala hierárquica, a importância relativa da capacidade administrativa aumenta, enquanto a capacidade técnica diminui. Quanto mais elevado o nível hierárquico, maior a necessidade de dominar a capacidade administrativa.
Fayol decompõe o ato de administrar em: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
 Planejamento – visualizar o futuro e traçar o programa de ação. Unidade, continuidade, flexibilidade e apreciação são os aspectos principais de um bom 
plano de ação.18 EEEMBA
 Organização – Ação de organizar os recursos disponíveis para o alcance dos objetivos
 Coordenação – Ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos facilitando o trabalho e o sucesso. Sincronizar as atividades e adaptar 
os meios aos fins.
 Direção –. Dirigir e orientar o pessoal. O objetivo é alcançar o máximo retorno de todos os empregados no interesse dos aspectos globais.
 Controle - verificar se todas as atividades e resultados ocorrem em conformidade com o plano adotado, as instituições transmitidas e os princípios estabelecidos. O objetivo é localizar fraquezas e erros no sentido de retificá-los e prevenir a ocorrência. A punição e a recompensa são ferramentas comuns de controle nas organizações.
PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL
Fayol ao definir os princípios gerais da administração deixou claro que: os princípios não são rígidos nada é absoluto em matéria administrativa tudo em administração é questão de medida, de ponderação e de bom senso os princípios são maleáveis e adaptam-se a qualquer circunstância, tempo ou lugar. 
 Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência.
 Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência, responsabilidade é uma conseqüência natural da 
autoridade. Ambos devem estar equilibradas entre si.19 EEEMBA
 Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos acordos estabelecidos.
 Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única.
 Unidade de direção: uma cabeça é um plano para cada grupo de atividades que tenham o mesmo objetivo.
 Subordinação de interesses individuais aos interesses gerais: os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares.
 Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a organização em termos de retribuição.
 Centralização: refere-se a concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização.20 EEEMBA
 Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo. É o princípio de comando.
 Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana.
 Eqüidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.
 Estabilidade e duração (num cargo) do pessoal: a rotação tem um impacto negativo sobre a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa 
permanecer num cargo tanto melhor.
 Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar seu sucesso.
 Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas são grandes forças 
para a organização. 


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